[Presos] anarquistas fundam sindicato COB-ACAT/AIT

KNIESTEDT FREDERICH forgscob at yahoo.com.br
Mon May 10 21:52:35 CEST 2004


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A VOZ DO TRABALHADOR

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Movimento de Reconstrução da COB/AIT

INFORMATIVO FORGS/COB-ACAT/AIT

MAIO/2004

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O SINDICATO DE ARTES 

E OFÍCIOS VÁRIOS

DE PORTO ALEGRE

 FOI FUNDADO

NESTE 1º DE MAIO

Sob o lema:

NÃO VENDA A SUA REVOLTA!

CONTRA TODAS AS MISÉRIAS:

UNIÃO DOS TRABALHADORES LIVRES

 

Porto Alegre – Expressando revolta geral contra a postura neo-liberal do governo Lula, a situação social, o desemprego e a profunda miséria pela qual passa o país , sob o lema de Não Venda a Sua Revolta! Contra Todas as Misérias: União dos Trabalhadores Livres neste sábado, 1º de maio, mais de quinhentas pessoas entre trabalhadores, aposentados, desempregados, estudantes, punks e anarco-punks reuniram-se em Ato de Protesto, das 14 às 23 hs, no Bairro Medianeira, próximo ao estádio Olímpico, num local por onde circulam mais de 300 mil pessoas diariamente, numa região de importantes focos de miséria e pobreza da cidade, para deliberar sobre a Fundação do Sindicato de Artes e Ofícios Vários de Porto Alegre (foram aprovados seus estatutos e escolhidas a pessoas que deverão participar de suas comissões); a reativação da Federação Operária do Rio Grande do Sul; e da Confederação Operária Brasileira, em meio a cartazes enormes com os rostos trabalhadores assassinados em Chicago no f
 inal do
 século XIX na luta pela conquista da redução da jornada de trabalho e dos direitos sociais; bonecos expressando o seu enforcamento através da farsa judicial-patronal montada contra os trabalhadores organizadores do comício do 1º de maio de 1886; músicas de protesto, teatro, exposições, Feira Libertária e Campanhas: pela Redução da Jornada de Trabalho para 6 horas Diárias e 30 hs Semanais para combater o desemprego, Sem Redução Salarial; pelo Voto Nulo para combater todas as misérias e a farsa eleitoral; pela Reforma Agrária Radical e pela liberdade aos trabalhadores do Movimento Camponês de Cumbiára presos em Rondônia.

A novidade em relação aos outros anos que acabou gerando um salto qualitativo é a de que os organizadores tiveram que se adaptar na última hora a perseguição política pró-patrões da administração municipal do PT/Frente Popular que através da Secretaria do Meio Ambiente e seus “Conselheiros” não nos liberaram a praça do IAPI para o nosso evento transferindo o Ato de Protesto, anual do 1º de maio, realizado em praça pública pelo núcleo sindical FORGS/COB - ACAT/AIT, com apoio da Federação Anarkista do RS (Movimento Libertário Brasileiro) para um local fechado.

 Diga-se, de passagem que nos outros anos o evento acontecia, sem autorização da Prefeitura, mas com o apoio de freqüentadores da praça do IAPI, moradores e pequenos comerciantes das imediações, mas este ano o proprietário de uma grande loja das imediações, que representa o Orçamento Participativo da Prefeitura vetou qualquer possibilidade das comemorações do 1º de maio naquele local justamente por seu caráter Anti Capitalista, e Contra a Farsa Político eleitoral.

A divulgação do novo local finalmente aconteceu após o dia 17 de abril quando cartazes e panfletos foram espalhados nos principais pontos de Porto Alegre, Guaíba, Canoas, Alvorada, Cachoeirinha, Viamão e Gravataí. O mais significativo continua sendo que os nossos cartazes são alvos sistemáticos de depredações raivosas ou de “limpeza” pelo Estado quando não o são simplesmente tapados pelos mesmos de sempre.

Como preparação do 1º de maio, aconteceu também, no dia 24 de abril, uma plenária do Movimento pró-COB/AIT aberta ao público, no Museu do Trabalho em Porto Alegre, quando se realizou uma exposição e debate sobre o Sindicalismo Revolucionário contra a Reforma Sindical do governo Lula. Entre os presentes houve um comprometimento e apoio a causa do Sindicalismo Revolucionário, pela imediata necessidade reativação da Confederação Operária Brasileira, suas Federações e pela Fundação do Sindivários - Sindicato de Artes e Ofícios Vários em Porto Alegre, para o qual foi constituída uma comissão e editado um edital de convocação, publicado em jornal diário, conclamando os trabalhadores em artes, artesanato e ofícios vários para o ato. O governo foi denunciado por estar em conjunto com os patrões, antecipando a propalada reforma da legislação trabalhista, justamente articulando uma reforma sindical, que objetiva: ameaçar, desmobilizar o já enfraquecido sistema sindical, e acabar
 definitivamente com a possibilidade da reconquista da liberdade e autonomia sindical com o fim do imposto sindical e do atrelamento ao Ministério do Trabalho; implantando com consequência a precarização também definitiva nas relações de trabalho, destruindo completamente os já reduzidos direitos sociais e trabalhistas conquistados pela classe trabalhadora ao longo de sua história, dentro da agenda de comprometimento capitalista com o modelo neo-liberal através do FMI, do OMC (WTO) e da ALCA.

Em que pese estes e outros problemas acabou acontecendo o Ato de repúdio, e o saldo foi positivo para a organização com a ampliação da discussão e reafirmação das lutas e dos objetivos imediatos, do movimento afora os de curto e longo prazo. Agora as Comissões Permanentes de estruturação do Sindivários, junto com a Comissão Pró-Fundação definirão seus encaminhamentos e prioridades que deverão decidir o encaminhamento das lutas e do Sindicato, inclusive o destino dos 150 kg de alimentos não perecíveis que foram doados pelos participantes para serem encaminhados à comunidade.

 

 





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